Mapeamento de processos: como fazer e ferramentas

O mapeamento de processos é a melhor ferramenta para você identificar oportunidades para melhorar a eficiência dos processos de uma organização. A eficiência na execução de processos está diretamente ligada à forma como eles são planejados.
O que você aprenderá neste post:
- O que é mapeamento de processos?
- Por que fazer o mapeamento de processos?
- Qual a diferença entre mapa, modelo ou diagrama de processos?
- Quando fazer o mapeamento de processos?
- Quais são benefícios do mapeamento de processos ?
- Exemplo de Mapeamento de Processo
- Como fazer o mapeamento de processos?
- Como escolher por qual processo começar o mapeamento?
- Como definir a orientação da melhoria?
- Como ter ideias para melhorias em processos?
- O que fazer depois de mapear o processo?
- Qual a melhor ferramenta para automatizar processos?
- Boas práticas para documentação de processos
- Importante: NÃO faça mapeamentos que duram meses!
- Mãos à obra!
O que é mapeamento de processos?
Por que fazer o mapeamento de processos?
Entender a fundo o fluxo de atividade dos processos é muito importante para eficiência da organização. Mas, vou citar (ou salientar) mais alguns motivos:
- Melhorar o que é feito;
- Documentar as atividades;
- Eliminar desperdícios;
- Eliminar processos que não geram valor;
- Padronizar os fluxos de trabalho;
- Automatizar processos;
- Reduzir custos;
- Reduzir tempo;
- E muitos outros…
Quando você inicia o desenho do mapeamento do processo é interessante que você tenha um objetivo em mente para focar nele. Você poderá reduzir custo e padronizar atividades ao mesmo tempo, mas quando seu objetivo é agressivo, como reduzir custos, por exemplo, ou tempo de execução de processo, eu apostaria em uma melhoria por vez.
Qual a diferença entre mapa, modelo ou diagrama de processos?
O mapa de processos oferece uma visão geral das etapas e suas interações. O modelo de processos detalha o fluxo, regras e condições. O diagrama de processos visualiza essas etapas usando símbolos gráficos.
É muito comum as pessoas confundirem estes termos quando querem descobrir processos. Mas, mapas, modelos e diagramas possuem diferentes objetivos.
Quando você utiliza o diagrama, ele serve para retratar os principais elementos do fluxo, simboliza as macro atividades, mas omite os pequenos detalhes. O diagrama tartaruga é muito utilizado. As empresas que possuem ISO 9001 acabam por utilizarem diagrama tartaruga para fazer o diagrama do processo. Veja este exemplo:

Já o mapa, como eu já te contei aqui neste blogpost, é uma evolução do diagrama, pois demonstra com detalhes o fluxo de atividades (fluxo de trabalho) adicionando eventos, regras e resultados. Desta forma, o mapa permite uma precisão maior no desenho.

Modelo é a versão final com um alto nível de detalhamento que envolve recursos, fluxo de informações, instalações, finanças etc. e frequentemente é desenvolvido utilizando ferramentas de simulação. Vou te mostrar um exemplo de modelo de processo na notação BPMN, que é utilizada mundialmente para modelagem de processos.


Quando fazer o mapeamento de processos?
O mapeamento de processos deve ser feito ao iniciar um novo projeto, ao identificar ineficiências ou gargalos, e durante a implementação de melhorias ou mudanças organizacionais.
Quais são benefícios do mapeamento de processos?
Realizar o mapeamento dos processos traz benefícios claros para a organização, tais como:
- Melhoria na compreensão do negócio, permitindo uma visão clara e abrangente de como cada processo contribui para os resultados.
- Facilidade para realizar análises, identificando rapidamente gargalos e oportunidades de melhoria.
- Redução significativa de custos, eliminando desperdícios e atividades desnecessárias.
- Aumento da produtividade, por meio da otimização das tarefas e do melhor uso dos recursos disponíveis.
- Execução mais rápida e eficiente dos processos, garantindo agilidade na entrega de resultados.
- Maior capacidade para resolver problemas, com identificação antecipada e mitigação de falhas.
- Implementação consistente das melhores práticas, aproveitando experiências e padrões de excelência.
- Padronização de atividades, garantindo previsibilidade, qualidade e replicabilidade das entregas.
- Organização aprimorada, com maior controle e transparência sobre as operações internas.
Esses são apenas alguns dos muitos benefícios que tornam o mapeamento de processos essencial para qualquer empresa que busca crescimento sustentável e eficiência operacional.
Antes de te mostrar o passo a passo, vou te mostrar um exemplo.
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Como fazer o mapeamento de processos?
Em primeiro lugar, lembre-se de que, aqui, a ordem dos fatores altera sim o produto final. Seguir o passo a passo na sequência mostrada é a melhor forma de extrair o máximo possível de informações relevantes e conseguir, assim, melhorar seus processos. Vamos começar?

Passo 1: Identificar a questão crítica
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O importante é ter bem claro qual o seu problema e, a partir de agora, o foco estará em corrigí-lo.
Passo 2: Selecionar o processo
A escolha de qual processo mapear envolve uma série de critérios particulares de cada organização. Nem todos os processos de uma organização podem ser automatizados e nem todos valem o investimento de tempo e recursos para mapear. Em geral, você deve fazer algumas reflexões:
- Esse processo tem impacto em meu negócio?
- Esse processo é um problema hoje para minha organização?
- Existem oportunidades para que este mapeamento vire um processo automatizado futuramente?
- Este mapeamento trará retornos e resultados positivos?
- Eu tenho controle, poder de decisão e acesso a todas as informações necessárias para poder mudar como esse processo funciona hoje?
Algumas dicas de bons processos candidatos a mapeamento e automatização:
- Processos, procedimentos ou rotinas que se repetem diversas vezes na empresa;
- Processos com baixa maturidade tecnológica, que ocorrem por e-mail, planilhas, papel e “conversas no corredor”;
- Processos com clientes infelizes;
- Processos com alto volume de erros ou inconsistências;
Dica de leitura extra pra te ajudar: como escolher o processo para iniciar o mapeamento de processos.
Passo 3: Selecionar a equipe
Por isso, a formação da equipe deve levar em conta o tempo exigido pelo processo e o disponível para ação do colaborador. Entretanto, não basta designar essa tarefa para quaisquer funcionários da empresa. Alguns critérios são extremamente relevantes para garantir o sucesso após o mapeamento.
Passo 4: Treinar a equipe
Tão óbvio, mas muitas vezes esquecido. Mesmo que uma empresa conte com profissionais de alto nível e bem capacitados, é preciso garantir que os envolvidos estejam com os conhecimentos alinhados. Por isso, é preciso ter cuidado, pois os erros são comuns em modelagens que ignoram essa etapa.
Muitas vezes pode ser necessário, por exemplo, implementar um software específico para a melhoria de um processo. Se sistemas informatizados forem instalados, é preciso treinar os usuários finais e a própria equipe de implementação. Afinal, eles terão de lidar com o software durante todo o percurso.
Passo 5: Desenvolver o mapa atual (as is)
Recomendo que neste passo, você desenhe o processo, puro e simples. Você irá se preocupar somente em representar visualmente o fluxo de informações de sua empresa.
Passo 6: Identificar as desconexões (problemas)
Passo 7: Analisar as desconexões

Passo 8: Desenvolver o mapa ideal (to be)
Passo 9: Estabelecer medidas de controle
Passo 10: Implantar e monitorar
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Comece seu mapeamento pelo processo mais estratégico para atingir seus objetivos finais.
O que não fazer no mapeamento de processos
Como definir a orientação da melhoria?
O primeiro passo é sempre lembrar da sua questão crítica—o ponto exato que você deseja melhorar ao mapear um processo. Com isso claro, torna-se mais fácil determinar os caminhos ideais para alcançar eficiência e construir o desenho futuro desejado, conhecido como “to be”.
Para ajudar nessa jornada, selecionei 12 ações fundamentais que guiam a melhoria contínua dos processos:
- Eliminar burocracias desnecessárias.
- Remover atividades duplicadas que geram retrabalho.
- Avaliar o valor agregado de cada etapa do processo.
- Simplificar e desburocratizar, garantindo fluidez e clareza.
- Reduzir o tempo do ciclo do processo, garantindo entregas mais rápidas.
- Tornar o processo à prova de erros, minimizando falhas humanas.
- Modernizar ferramentas e abordagens, mantendo-se atualizado com as melhores práticas e tecnologias.
- Promover uma comunicação clara e direta, utilizando linguagem simples e compreensível.
- Padronizar as atividades para assegurar consistência e qualidade.
- Estabelecer parcerias estratégicas com fornecedores, criando relações colaborativas e eficientes.
- Aperfeiçoar a visão geral do processo, considerando impactos e resultados em longo prazo.
- Automatizar etapas repetitivas, ganhando agilidade e precisão.
Embora algumas dessas ações pareçam simples, seu impacto é significativo e essencial para alcançar melhorias expressivas nos processos organizacionais.

O que fazer depois de mapear o processo?
Depois de mapear seus processos você deve automatizá-los.
Você quer descobrir como isso tudo ocorre na prática, desde a escolha do processo até a automatização? Buscar por este conhecimento já é um passo incrível. Mas, você precisa colocar em prática. É possível ir do zero à automatização de processos, você mesmo pode fazer isso.
Eu não posso deixar de compartilhar com você uma ferramenta para fazer automatização de processos de maneira simples e prática, o Zeev. O Zeev é uma ferramenta low-code que vai ajudar você a eliminar a dor de cabeça do dia a dia da sua empresa, ou do seu departamento, por meio da padronização dos fluxos de trabalho.
Por isso, vou indicar a você um texto excelente: O melhor software de processos que você vai conhecer. A tecnologia é e sempre vai ser o seu maior aliado na otimização de processos. E lembre-se, você vai mapear o processo e depois? O segundo passo é automatizá-lo, caso contrário, o mapeamento vai ficar pegando teia de aranha na gaveta.
O grande pulo do gato é que você mesmo pode mapear, desenhar e automatizar o seu processo, de forma muito simples, em alguns cliques, sem precisar conhecimentos específicos de TI ou programação.
Dessa forma, enquanto você realiza o mapeamento do processo chave, de grande impacto, sua empresa pode ir se beneficiando dos demais fluxos de trabalho. Nada mal, não é mesmo?! Fale com um especialista!
Boas práticas para documentação de processos
Viabilizar o sucesso desse procedimento exige eficiência na documentação dos processos. Por isso, vou destacar aqui as boas práticas das quais você não pode abrir mão antes, durante e depois do mapeamento.
1) Não desviar da cadeia de valor
A definição da cadeia de valor de qualquer atividade representa a sua espinha dorsal. Ignorar seu funcionamento pode comprometer totalmente o trabalho realizado. Por isso, ela deve ser estudada e definida como um fluxo de atividades a ser reconhecido durante qualquer etapa dos processos.
2) Não foque apenas em departamentos
Como destaquei, a integração entre áreas é fundamental para a eficiência desse tipo de mudança estrutural. Por isso, não desenvolva um trabalho unicamente individual dentro de cada departamento. Invista na sinergia entre áreas.
3) Entenda os objetivos
A documentação tem como principal referência os objetivos da empresa. Trata-se de um mecanismo que deve estar diretamente ligado a eles, já que visa guiar os funcionários na direção certa. Por isso, estude e compreenda profundamente os objetivos e as metas derivadas dele.
4) Escolha indicadores relevantes
Indicadores são essenciais para o monitoramento, mas podem complicar o trabalho do gestor se não oferecerem informações relevantes. O ideal é que haja KPIs específicos e que sejam claros. Desvios nunca devem levantar apenas uma dúvida, mas alertar sobre uma demanda real de melhoria.
5) Registre oportunidades
Mesmo que o processo tenha sido alterado para melhor, oportunidades de melhoria podem surgir ao longo do caminho. Documentá-las é a melhor forma de garantir que o futuro da empresa não seja estagnado em um modelo preconcebido como perfeito. Faça das novas ideias as melhorias do futuro.
6) Use ferramentas adequadas
Existem diversos softwares e plataformas para acompanhar essa fase de mudança. Não abra mão do uso desse tipo de ferramenta, pois o trabalho pode ser muito mais complicado que o necessário sem elas. O ideal é contar com um sistema fácil e intuitivo, que otimize seu trabalho sem torná-lo apenas mais burocrático. Conheça o Zeev.
7) BPMN Compliance
Existe um ditado que diz que “o papel aceita tudo”. Isso se aplica ao desenho de processo, também. Quando estamos desenhando um processo para fins de documentação, para treinamento, para “colar na parede”, podemos desenhar o processo como bem entendermos. Podemos usar elementos para fins diferentes, podemos desenhar conexões inválidas. Desde, é claro, que nosso público-alvo consiga entender o desenho.
Quando estamos desenhando para fins de automatização, entretanto, o público-alvo é a ferramenta de automatização. Por exemplo, é o motor do Zeev que deve entender primeiro o desenho, para poder executá-lo. Portanto, o desenho do processo deve ser BPMN compliance. Este termo – BPMN compliance – significa que o processo deve ser semanticamente correto e seguir a especificação.
Importante: NÃO faça mapeamentos que duram meses!
Mãos à obra!
Temos, ainda, um excelente material rico ensinando a fazer checklist de mapeamento de processos. Vocês poderá se guiar por ele na hora de começar a sua tarefa de organização de processos.