Diagrama de Ishikawa é uma ferramenta de gestão da qualidade que ajuda a encontrar as possíveis causas raízes de algum problema. Isso porque ele permite fazer o levantamento das possíveis causas do problema em questão.
O que é o Diagrama de Ishikawa?
O Diagrama de Ishikawa que também é conhecido como Diagrama Espinha de Peixe, Diagrama Causa e Efeito ou Diagrama 6M é uma ferramenta de gestão de qualidade, como eu já falei anteriormente. E, a sua principal função é ajudar a encontrar as causas de um problema.
Ou seja, ele auxilia nas análises de causa raiz de problemas. Ajudando a encontrar, organizar, classificar e exibir graficamente as possíveis causas do problema analisado!
Objetivo do Diagrama de Ishikawa
O diagrama de Ishikawa teve origem na década de 60, lá no Japão. Foi criado por Kaoru Ishikawa, por isso o seu nome original. Como dito no início do texto, a ferramenta da qualidade tem por missão levantar – e representar de forma visual – todas as possíveis causas raízes de um problema, seja ele relacionado ao seu produto, seu serviço, seu processo, etc.
A espinha de peixe não só leva em conta todos os aspectos que podem ter ocasionado o problema analisado, como também relaciona o efeito com as causas mais influentes. Ou seja, de todas as possibilidades, é possível identificar a mais importante, ou que influencie mais, o problema a acontecer.
Para que o Diagrama é utilizado?
Podemos fazer o uso do Diagrama de Ishikawa em inúmeros contextos e aplicá-lo em diferentes situações, basta seguir o passo a passo (que vou ensinar logo mais). Listei aqui, alguns exemplos de utilização dele, veja só:
Visualização de causas principais de um problema;
Visualização de causas secundárias de um problema;
Ter uma visão mais ampla dos possíveis motivos que estão levando um problema a acontecer;
Identificação de soluções e melhorias em processos.
As 6 dimensões do Diagrama
Você deve estar se perguntando por que o Diagrama de Ishikawa também é conhecido por 6M, não é mesmo? Pois bem, ele também é chamado dessa forma porque ele propõe, originalmente, 6 dimensões de análise e todas elas começam com a letra M. São elas:
Máquina: Tudo que estiver relacionado com maquinário e aparelhos.
Materiais: Tudo que diz respeito a insumos e matéria-prima.
Mão de obra: Está diretamente relacionado com a execução, seja do processo, do produto, etc.
Meio ambiente: Aqui está falando do ambiente no qual o problema está acontecendo.
Método: Tudo que está relacionado com o como determinada ação acontece.
Medida: Está diretamente relacionado com valores, como pesos, custos, etc.
Vale lembrar que nem sempre serão necessárias as seis categorias para a formulação do diagrama. Isso quer dizer que nem sempre o ambiente, ou a mão de obra, estará tendo influência e poderá ser causa do problema. Sendo assim, é importante ser crítico e avaliar quais são relevantes e devem estar presentes na sua análise.
O Diagrama de Ishikawa vai além de problemas…
Por ser uma ferramenta bastante prática e de simples execução, o Diagrama de Ishikawa pode ter inúmeras utilizações. Originalmente, e em sua grande maioria, ele é aplicado para encontrar possíveis causas raízes de problemas. Mas, nada impede, de que ele seja utilizado também para avaliar não conformidades, controle de qualidade, ou um churn de cliente, por exemplo.
Além disso, você pode identificar não só as causas principais do seu problema, mas também as secundárias. E, a partir daí, você tem como trabalhar e criar planos de ações que visem soluções aplicáveis. Conclusão: otimização dos processos da empresa.
Quando posso utilizar o Diagrama de Ishikawa?
Bom, aqui a resposta é bastante simples: você pode usar o diagrama de Ishikawa sempre que sentir necessidade. E, por ser uma metodologia que diz que todo o problema tem causas específicas, as causas devem ser analisadas. Todas elas! Assim, você terá a visão de impacto – do que está causando o seu problema. Então, você pode pensar da seguinte maneira: eliminando as causas, eliminamos também os problemas.
Alguns exemplos sempre são bem-vindos!
Sim, eu sei que você deve estar se perguntando: “mas como?” Por isso, listei aqui alguns exemplos de quando podemos utilizar o diagrama:
Descobrir as verdadeiras causas raízes de um problema;
Encontrar as causas de um problema: tanto as primárias quanto as secundárias – que podem causar impactos relevantes também;
Promover a melhoria de processos: afim de evitar que eles se tornem problemas no futuro;
Encontrar possíveis soluções para seu problema.
Uma ferramenta. Inúmeros benefícios.
O Diagrama de Ishikawa é uma ferramenta acessível e muito simples de ser utilizada. Além disso, ela te proporciona uma analise poderosa das causas de um determinado problema. E, não é necessário ser um super especialista para aplica-la.
Também é uma ferramenta de fácil entendimento, pois ela é bastante visual, o que facilita muito as análises. Ela identifica a causa raiz do seu problema e te ajuda a identificar a melhor forma de eliminar.
E mais alguns dos benefícios da ferramenta
Resolvi colocar aqui, em forma de lista, mais alguns dos benefícios importantes da ferramenta qie vale serem mostrados:
Pode ser aplicada em problemas de diversas naturezas, pois é bastante adaptável;
Permite que as análises tenham alto nível de detalhes;
Traz um melhor entendimento dos processos internos e de como eles são formados;
Ajuda a definir níveis de importância para os problemas;
Tem todas as informações da análise no mesmo lugar;
Faz com que os colaboradores se envolvam e se comprometam com as melhorias propostas;
Permite a colaboração e a criação de hipóteses em conjunto com os demais integrantes do time, ou até de outras áreas.
Como montar o meu Diagrama de Ishikawa?
A boa notícia é que fazer um Diagrama de Ishikawa é simples, não envolve muito conhecimento técnico e você terá bons resultados com ele! Vou mostrar para você um sugestão de passo a passo, para que a criação do seu diagrama seja mais eficiente.
Para começar
O primeiro passo é: definir o problema(que no diagrama será chamado de efeito) que será analisado.
A partir daí, você começa a desenhar o seu diagrama. As causas mais diretas serão os ossos principais do peixe. E as causas secundárias são visualizadas como os ossos menores. Aqui esta um exemplo:
Essa representação do diagrama lembra muito uma espinha de peixe, por isso que a ferramenta também é conhecida por esse nome.
Próximo passo
Minha sugestão é: comece a preencher este diagrama com o auxílio de um brainstorming! Dessa forma, ele irá ajudar a levantar as possíveis causas do seu problema. Aqui, uma dica legal é: reunir uma equipe multidisciplinar. Assim, você terá visões diferentes do mesmo problema. E o resultado disso será um diagrama mais completo e rico em detalhes.
A pergunta inicial deve ser: Porque isto está acontecendo? Suas respostas devem ser divididas nas categorias que compõe o 6M.
Último passo
Por fim, é importante classificar e priorizar as causas principais para a resolução do seu problema. A partir daí, comece a elaborar os planos de ações para solucionar o que foi levantado!
Para fechar com chave de ouro
Para que você tenha sucesso como uso dessa ferramenta, é importante se certificar que você seguiu os passos indicados. Além disso, que você e a equipe envolvida elencaram todas as informações de acordo com a classificação de prioridade que foi definida.
Por fim, mais uma dica de ouro: não existe número mínimo ou máximo de causas. Mas lembre-se, quanto mais causas você trouxer, mais riqueza de detalhes terá. Isso irá te ajudar a entender o que está causando o seu problema!
Espero que você tenha gostado e que comece a colocar em prática o que falamos aqui. Acredite, os resultados irão chegar e você terá cada vez mais processos simplesmente inteligentes.
Meu nome é Thyelli Kataguire. Sou Engenheira de Produção, formada pela UNISINOS, com pós-graduação em Logística e Distribuição pela Fundação Instituto de Administração - FIA. Atuo na Zeev como Especialista em Projetos Estratégicos e tenho sólidas experiências profissionais na área de logística, tanto no e-commerce quanto na indústria. Já passei por empresas como Dell, Braskem, Privalia e MCassab. Similar a logística, sou apaixonada por movimentação. Tudo o que é dinâmico me motiva. E quando se trata de transformação de processos? Motiva mais ainda!
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