Gestor de pessoas: leia estas dicas e reflexões!

texto para gestor de pessoas

Estávamos em uma reunião de divisão de tarefas quando eu escutei essa frase de uma das pessoas da minha equipe: “Você está me usando errado”. O que ela quis dizer era que eu estava usando seus conhecimentos de forma errada. Eu não estava sabendo utilizar estrategicamente todo o conhecimento e aprendizado que aquele profissional angariou durante os anos. 

Quando você sai do nível técnico e passa a ser gestor de pessoas você precisa entender que agora és gestor de pessoas e a sua equipe precisa que você tenha um olhar mais humano. Identificando necessidades das PESSOAS. É hora de deixar um pouco de lado o seu perfil técnico e permitir que dentro da sua agenda tenha tempo para falar de gente! Eu entendi meu papel e mudei completamente a forma como eu trabalhava. A Bruna técnica passou a ser muito mais humana quando assumiu o papel de gestão de pessoas. 

Depois, com o tempo, eu descobri que o que eu fiz de usar o conhecimento do profissional de forma errada (ele mesmo que me alertou sobre isso) é muito comum. Por isso, esse é o texto que eu digo: todo gestor de pessoas deveria ler. Vamos lá?

Você contrata um profissional especialista e não deixa ele trabalhar

Contratamos um profissional sênior para nos ajudar a elevar o nível da empresa e colocar tudo em ordem ”Viva!!! Agora vai”… Só que não. No dia a dia você como gestor começa a atribuir as mais variadas atividades para este profissional, esgotando o tempo dele e não deixando ele fazer o que de fato foi contratado. No final, o seu super especialista Sênior Gestor de Projetos está realizando compras departamentais. Oh no. E o sonho que agora tudo ficaria em ordem? Foi pro espaço.



Pode ter certeza que essa pessoa que foi contratada para fazer uma atividade X e passou a fazer o abecedário completo, um dia vai embora e ainda dirá que foi por causa do chefe. E ela estará completamente certa. Estar numa empresa é uma via dupla de aceitação, ninguém é obrigado a nada.

O profissional é faixa preta e executa tarefas de faixa branca

Aí é que entra a frase que me marcou: Você está me usando errado. Dentro do nosso departamento existiam atividades que precisavam ser feitas e distribuídas, não tinha como fugir disso. Ele me disse: “eu sou sênior e você me dá tarefas que qualquer profissional que está iniciando a carreira poderia fazer. Eu entendo a necessidade da equipe, mas acho que você poderia usar meus conhecimentos de forma mais otimizada”. Bomba! Segura essa! Para onde eu posso correr?

Como eu não sou o tipo de pessoa que joga problema para baixo do tapete, no mesmo momento já pedi que ele separasse em uma lista as atividades que ele deveria fazer e as atividades que ele entendia como qualquer profissional mais júnior conseguiria. Ou seja, nós separamos o joio do trigo. Porém, eu não tinha esse profissional mais júnior.

Eu poderia ter ficado brava com a audácia apresentada. Talvez muitos gestores teriam ficado. Mas, meu papel como gestora de pessoas é ouvir as pessoas e mais do que isso ser justa. Ele estava certo. 

Você pega o profissional mais experiente da equipe e acha que ele vai resolver tudo

É comum você como gestor achar que uma única pessoa dentro da equipe pode resolver tudo? E dessa forma atribui responsabilidades a este profissional que não são as responsabilidades dele. Sabe qual o resultado disso? Gargalos operacionais, tarefas paradas e atrasadas, ineficiência do processo do qual aquele profissional faz parte.

Quando você aloca o profissional para fazer atividades que não estão sob a responsabilidade dele, você rouba o tempo que ele deveria ter para fazer acontecer e ajudar a equipe. Para evitar isso, pense no seguinte: pense como se o seu processo fosse uma corrente e você simplesmente tirou um elo. O fluxo foi quebrado. É isso que acontece quando você aloca profissionais sem analisar de forma holística o impacto dessa decisão em relação ao todo.

Você nunca perguntou o que o profissional gosta e o que ele não gosta de fazer

Não tenha medo dessa pergunta e claro, não a faça sem que você esteja preparado para a resposta. No momento em que você aceitar que precisa orquestrar a equipe olhando para as pessoas e o que as motivam, você irá perceber o poder desse questionamento. 

Saber o que um gosta e o que não gosta é conhecer melhor cada um e poder planejar o melhor para todos. Você pode estar achando loucura da minha parte, mas existem estudos comprovados que pessoas felizes são mais produtivas. Eu joguei essa pergunta para a  minha equipe e funcionou super bem.

Motivação e energia são peças chave

Fazendo um link com o parágrafo de cima, eu afirmo: se você é gestor e na sua agenda não tem tempo para gente, você não está fazendo o seu papel. Se você não se importa com as pessoas e continua somente executando seu perfil técnico, você não está fazendo o seu papel. Se você não diferencia o João da Maria e acha que todo mundo é igual, você não está fazendo o seu papel.

Pense com carinho nesse texto e comece a olhar a sua equipe com outros olhos. Traga motivação, identifique as motivações individuais, traga energia positiva para a equipe. Você como líder tem um papel espiritual de liderar profissionalmente seres em desenvolvimento, pois é isso que todos nós somos: seres em desenvolvimento. 

Para encerrar, deixo aqui a dica de um livro que eu li e amei. Empatia Assertiva: Como ser um Líder Incisivo sem Perder a Humanidade, por Kim Scott.

Espero que gostem. Um abraço.

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